Um vídeo postado no Facebook vem chamando a atenção por exibir, como todas as cores, a dificuldade que as novas gerações têm em lidar com autoridade, ordem e respeito. O vídeo é zoeira, de um canal do Youtube chamado Davideos, mas serve para trazer à tona uma realidade com a qual muitas famílias se deparam.
No vídeo fake, um neto, aparentemente adolescente, joga videogame, enquanto toda a família está reunida para um churrasco. O avô, irritado com a situação, resolve desligar o equipamento, levando o jovem a ter um chilique. O menino então passa a falar palavrões, diz que não quer comer esta m... de churrasco, o que só deixa o senhor mais irritado ainda.
Resultado: o vovô joga o videogame do moleque na churrasqueira, que se desespera. O controle vai parar no fundo da piscina, na qual o menino também é atirado.
A cena toda, para qualquer mãe que tem adolescentes em casa, desses que ficam grudados no videogame, é muito familiar (ainda que obviamente encenada). Por mais que se estabeleçam regras para o uso dos equipamentos, basta a ordem para desligar para desencadear um chororô, quando não um rompante de agressividade.
No vídeo, é claro que a reação do avô é exagerada , mas juro que seria compreensível. Muitas vezes dá vontade mesmo de jogar o console dos PS3, PS4, pela janela. É uma geração vidrada em games, que além de jogar, de ficar online com os amigos fazendo campeonatos, e agora também gasta horas vendo youtubers...jogando. Ou seja, nem o trabalho de jogar eles têm mais, só assistem a outros fazendo isso. Estaria tudo bem, se eles acatassem sem fazer drama às ordens de parar. Mas nem sempre é assim.
É preciso muito pulso firme e paciência para fazer um adolescente sair da frente do jogo para fazer as refeições, tomar banho ou estudar. Temos, como pais e educadores, um baita desafio diante dessa molecada. E o surto que acomete o neto, no caso do vídeo zoeira, também é revelador. Se ele tivesse chance, era capaz de colocar o avô no espeto.
Eles não aceitam ordens. Ignoram o "não". E se isolam do convívio social, que, para eles, é mais verdadeiro quando vivido no skype com os amigos.
Pra mim, o vovô da brincadeira estaria coberto de razão. Tudo bem que teria um baita prejuízo se botasse o videogame na brasa, mas, às vezes, é preciso radicalizar. Tem gente que só entende assim. Como diria minha mãe, não vai por bem, vai por mal. Esse netinho aprenderia a pensar duas vezes antes de levantar a voz para um parente.
VEJA O VÍDEO: