Na manhã desta segunda-feira (22), o secretário de Urbanismo e Transporte de Salvador, Fábio Mota, conversou com o Varela sobre as questões do metrô de Salvador, envolvendo o impasse entre Prefeitura e Governo do Estado faltando poucos dias para as eleições.
Em Recife, o sistema integrado de transporte que envolve o metrô é vinculado ao estado e não à prefeitura. Pelo entendimento que o senhor tem hoje, quem mora em Itinga e precisa se locomover para Salvador não pode utilizar o cartão que fez lá até a capital baiana, pois não serve para os ônibus daqui. Não valeria ir pelo o mesmo caminho que Recife e fazer uma integração única.
O metrô não funciona sem integração. Nós contamos nesse momento com 5,5 km. O cidadão que pega o ônibus e o metrô usaria o mesmo cartão, essa sempre foi a proposta da prefeitura e continuamos discutindo nessa linha. Entendemos que, assim como fizemos a integração municipal, esse mesmo cartão obrigatoriamente teria que ser utilizado no metrô, evidente que este é o caminho.
Em que pé andam as negociações entre prefeitura e governo do estado?
Nós tivemos uma reunião depois da grande polêmica da questão da tarifa. A prefeitura não aceitou que o metrô fosse mais caro que o ônibus, até porque não estamos falando de um modal de ônibus como um todo, mas sim de apenas 5,5 km que é o que temos hoje. Então, dentro dessa linha, o estado mudou a operação comercial, até porque o metrô está funcionando. Fizemos uma reunião com a CCR, que ficou de passar alguns detalhes técnicos, como por exemplo, a capacidade de pessoas que tem as estações de metrô. Enfim, são dados que precisamos, pois quando se fala em metrô e ônibus é preciso que sejam suprimidas algumas linhas. Nós estamos no aguardo de uma nova reunião com o governo do estado, para que possamos definir uma integração. Somos a favor do metrô, tanto que em quatro meses de administração, o prefeito ACM Neto passou essa questão para o estado. Estamos discutindo nesse momento a operação comercial, não de 40km, mas dos 5,5 km, cuja tarifa não pode ser a mesma.
Só hoje haveriam três estações com capacidade de fazer integração com ônibus, a Estação da Lapa, Acesso Norte e Retiro, sendo que as duas últimas possuem estrutura já pronta. Você entende que, numa fase inicial, as linhas tradicionais precisam continuar funcionando ou realmente o caminho seja a supressão dessas antigas para a entrada das novas que passarão a existir?
Como estamos falando de apenas 5,5 km entendo que os ônibus deveriam continuar circulando e o cidadão ter a opção, se quer fazer a integração ou não. A proposta do governo é que a gente coloque todas as linhas de ônibus da estação Acesso Norte a estação Retiro e a partir dali, faça a integração para o cidadão chegar até a Estação da Lapa, só através do metrô. São esses pontos que a gente precisa acertar com o governo.
Na semana passada o prefeito ACM Neto fez duras críticas ao governo do estado. Você acredita que depois das eleições o diálogo irá melhorar, é uma questão política que está interferindo?
Da nossa parte não. Foram várias reuniões técnicas que fizemos com o governo do estado, discutimos. O que existe é que, hoje não temos nenhuma estação de metrô que tenha alvará definitivo, então, como é que você vai fazer uma operação comercial se os alvarás não foram conseguidos por falta de documentação entregue pela CCR. Não se sabe hoje quantas pessoas comportam cada estação do metrô, nem quantas pessoas vai conseguir transportar operacionalmente nesse trajeto. Então, corre o risco de suprimir linhas e colocar a população dentro da estação do metrô e não comportar toda a demanda e também das pessoas levarem mais tempo esperando o trem do que se fossem diretamente por ônibus. Nós estamos querendo é dar opção para a população e que ela pague uma tarifa ao nível do tamanho do metrô, o que não pode é ele pagar mais caro. Nossa defesa é em favor da população, resolvido isso, 50% do impasse está resolvido.
Kkkkkk, parece piada esse assunto do metrô
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