Depois de ter o limite do empréstimo consignado estendido de 30% para 35%, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que quiserem fazer empréstimo consignado (aquele que é pago com parcerlas descontadas diretamente no contracheque) vai ter que arcarcom um aumento na taxa de juros. Para empréstimo pessoal, o percentual passa de 2,14% para 2,34% ao mês. Já para empréstimos feitos pelo cartão de crédito, a taxa vai de 3,06% para 3,36% ao mês.
A mudança passa a valer somente com a publicação no Diário Oficial da União da Resolução do INSS, o que está previsto para acontecer nos próximos dias. Mesmo sem ter ainda entrado em vigor, o aumento na taxa de juros já preocupa a aposentada Isaura Maria, de 66 anos.
“Fecho sempre o mês no vermelho. Meu dinheiro não dá pra nada, o meu salário está defasado. O governo diz que não tem inflação, mas eu sempre estou sem dinheiro”, diz. Os descontos em folha e o gasto acabam comprometendo a maior parte do salário da aposentada. “Quando tento fazer empréstimo não consigo porque são juros em cima de juros, imagina agora com esse aumento?”, reclama.
“Fecho sempre o mês no vermelho. Meu dinheiro não dá pra nada, o meu salário está defasado. O governo diz que não tem inflação, mas eu sempre estou sem dinheiro”, diz. Os descontos em folha e o gasto acabam comprometendo a maior parte do salário da aposentada. “Quando tento fazer empréstimo não consigo porque são juros em cima de juros, imagina agora com esse aumento?”, reclama.
Aumento da taxa
Até agora, o aposentado que pegava emprestado R$ 1 mil com desconto em folha em 48 meses, pagava R$ 691,92 de juros. Com o reajuste, vai pagar R$ 75,11 a mais. No total, a dívida vai ficar em R$ 1.767,03 (veja na simulação ao lado). A nova taxa é pressionada por dois motivos, como explica o educador financeiro Edísio Freire. O primeiro, o aumento do risco dos bancos por conta da inadimplência. E o segundo, o aumento dos juros por parte do governo na tentativa de controlar a inflação.
Até agora, o aposentado que pegava emprestado R$ 1 mil com desconto em folha em 48 meses, pagava R$ 691,92 de juros. Com o reajuste, vai pagar R$ 75,11 a mais. No total, a dívida vai ficar em R$ 1.767,03 (veja na simulação ao lado). A nova taxa é pressionada por dois motivos, como explica o educador financeiro Edísio Freire. O primeiro, o aumento do risco dos bancos por conta da inadimplência. E o segundo, o aumento dos juros por parte do governo na tentativa de controlar a inflação.
O especialista recomenda que o aposentado pense muito bem antes de contratar um empréstimo. “Verifique se realmente é preciso contrair esta dívida agora. E se não tiver jeito, analise seu orçamento e veja o valor que irá tomar e o tamanho da parcela que cabe no orçamento”. Outra dica de Freire: “Não fique atento apenas ao valor da parcela, mas ao montante do empréstimo e o tempo que você irá levar para pagá-lo”.
Aperto financeiro
A aposentada Zélia Vieira, 70, até tenta se planejar, mas os gastos com saúde e alimentação acabam obrigando a aposentada a cair no consignado. “Estas taxas são inviáveis. Um aposentado precisa de remédio, que é tudo caro, precisa de alimentação de qualidade. Fica complicado viver assim”, lamenta ela.
A aposentada Zélia Vieira, 70, até tenta se planejar, mas os gastos com saúde e alimentação acabam obrigando a aposentada a cair no consignado. “Estas taxas são inviáveis. Um aposentado precisa de remédio, que é tudo caro, precisa de alimentação de qualidade. Fica complicado viver assim”, lamenta ela.
A educadora financeira da DSOP Educação Financeira, Meire Cardeal, faz um alerta para aposentados como dona Zélia, que costumam fazer empréstimos constantemente. “Use o crédito ao seu favor e pense duas vezes antes de fazer uma operação. O que o consignado tira automaticamente do salário pode acabar comprometendo outra despesa”, explica. Ainda segundo Meire Cardeal, a conta é simples. “Só vá até onde as condições permitem, com consciência de consumo e controle do dinheiro”.
Pagamento em dia
O aposentado Geraldo Gabriel da Silva, 79, não nega a sensação de alívio depois de conseguir terminar de pagar um empréstimo. Logo após se aposentar, Silva precisava quitar algumas dívidas, coisa que com o valor que recebia de benefício ficou quase imposível. A solução era mesmo recorrer à linha de crédito. “Fiz um empréstimo de R$ 1,5 mil, para ajeitar a casa, e quitei este ano, mas foi um sufoco quitar essa dívida”, lembra.
O aposentado Geraldo Gabriel da Silva, 79, não nega a sensação de alívio depois de conseguir terminar de pagar um empréstimo. Logo após se aposentar, Silva precisava quitar algumas dívidas, coisa que com o valor que recebia de benefício ficou quase imposível. A solução era mesmo recorrer à linha de crédito. “Fiz um empréstimo de R$ 1,5 mil, para ajeitar a casa, e quitei este ano, mas foi um sufoco quitar essa dívida”, lembra.
Mesmo ganhando um salário mínimo por mês e fazendo malabarismos para manter as contas em dia, Geraldo não quer nem pensar na possibilidade de contrair um novo empréstimo por agora. “Faço bico, às vezes, para ajudar e garanto que nunca mais farei consignado porque esses juros são absurdos”.
* Colaborou Jasmin Chalegre, integrante da 9ª turma do Programa Correio do Futuro
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