De olhos vendados, muçulmano pede abraços após atentados em Paris; veja vídeo

Campanha tenta provar que "nem todos os muçulmanos são terroristas"

De olhos vendados, muçulmano pede abraços após atentados em Paris (Foto: Reprodução/Youtube)

Um vídeo que pretende lutar contra o preconceito sofrido pelos muçulmanos está emocionando usuários da internet em todo mundo. Publicado no YouTube no dia 16, a gravação já possui mais de 2,5 milhões de visualizações.

O vídeo mostra um muçulmano, de olhos vendados, pedindo abraços em uma praça de Paris, na França. As imagens foram divulgadas após o atentado terrorista do dia 13 de novembro, que deixou 130 pessoas mortas em diversos locais da cidade.

Vídeo emocionou pessoas em Paris (Foto: Reprodução/Youtube)

Na Praça da República, um homem, que ainda não foi identificado, está de olhos vendados e segura dois cartazes de papelão.

"Eu sou muçulmano, mas me disseram que eu sou um terrorista", dizia um. "Eu confio em você, você confia em mim? Se sim, me abrace", dizia o outro.

A reação dos franceses e a lição que o jovem tenta passar tornam o vídeo emocionante. "Obrigada a todos que me deram um abraço. Eu sou muçulmano, mas não sou terrorista. Nunca matei ninguém. Eu posso até dizer que sexta-feira passada (dia dos atentados) foi  meu aniversário, mas eu nem saí de casa". 

"Eu sinto muitíssimo pela família de todas as vítimas. Mas eu quero dizer que 'muçulmano' não quer dizer, necessariamente, 'terrorismo'. Eu nunca faria isso, nossa religião proíbe", diz o homem.

Assista:

CampanhaSegundo informações do site 'Daily Mail', a iniciativa da campanha foi do estudante islâmico Yusef Pirot, 16 anos, que mora em Nottingham, na Inglaterra. Apoiado por outros jovens, a iniciativa foi reproduzida por muçulmanos de outros países.

Em entrevista ao 'Daily Mail', Yusef contou que ficou no local por duas horas e ofereceu abraços para mais de 100 pessoas, de diferentes credos, idades e classe social. "Eu queria combater o estereótipo sobre a minha religião e provar que nem todos os muçulmanos são terroristas. Nós queremos paz", disse o adolescente.