Jovem tinha o sonho de ter uma loja de venda de celulares(Foto: Reprodução)
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O homem envolvido na morte de Cristian Zacarias dos Santos, morto em um assalto à loja de celulares onde estagiava, em Cajazeiras X, foi preso nesta sexta-feira (4).
O suspeito, identificado como William de Jesus Silva, 24 anos, estava escondido em um imóvel no bairro de Castelo Branco.
Ele foi encaminhado ao Complexo Penitenciário da Mata Escura. O comparsa dele, identificado como Leonardo Brasil, mais conhecido como Léo da Gueixa, está foragido.
Ele está sendo investigado por uma série de assaltos na região de Cajazeiras X, afirma o titular da 13ª Delegacia, o delegado Roberto Alves.
Bandidos chegaram em moto e se passaram por clientesWilliam e o colega se passaram por clientes para assaltar a loja Robson Celular, onde Cristian trabalhava há menos de uma semana.
O jovem tentou tomar a arma do bandido, mas ela disparou durante a luta e ele foi baleado. William e Léo fugiram em uma moto, e o rapaz morreu antes de receber os primeiros socorros. O crime aconteceu na Avenida Engenheiro Raimundo Carlos Nery, na última quarta-feira (2).
Segundo a família de Cristian, ele sonhava em ter uma loja para vender aparelhos de celular. O jovem era o mais velho de cinco irmãos e começou a trabalhar por volta dos 14 anos, como carregador, usando um carro de mão. Ele também trabalhou com o pai, como ajudante de pedreiro, e em uma loja de assistência técnica.
“A mãe dele colocou ele e o irmão para trabalhar como auxiliar de um rapaz lá do bairro, que trabalha com eletrônica. Ele tinha uns 14 anos nessa época e aprendeu rápido o oficio. Ele era muito inteligente, aprendia as coisas rápido”, contou a tia de Cristian, Flávia Paim.
Imagem de vídeo mostra momento em que suposto assaltante saca arma de meia, guardada na cintura(Foto: Arisson Marinho/CORREIO)
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A família acredita que tenha sido nessa época que ele desenvolveu o gosto por aparelhos de celular. Aos 17 anos, Cristian conseguiu o primeiro emprego formal, em uma loja que vendia celulares. Trocou de emprego outras duas vezes, mas sempre no mesmo ramo. Fazia cinco dias que ele estava trabalhando na loja de Cajazeiras, onde foi morto.
“Eu estava com meu irmão, o pai dele, quando ele ligou para contar que tinha conseguido o emprego. Ele estava muito contente. Disse que iria ganhar R$ 250 por semana e estava fazendo planos de ter a própria loja. Esse sonho era antigo”, contou o radialista e tio de Cristian, Álvaro Zach, emocionado.
'Morreu como herói', diz tio de jovem assassinado durante assalto em Cajazeiras
“Ele estava sempre de bom humor. Era um rapaz muito trabalhador e dedicado ao que fazia. Determinado quando queria uma coisa e muito corajoso”, contou o dentista Artur Caetano, amigo da família da vítima.
Amigos e familiares foram se despedir do jovem, sepultado sob aplausos e pedidos de justiça(Foto: Gil Santos/CORREIO)
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Os parentes de Cristian precisaram do auxílio funeral da prefeitura para fazer a cerimônia, atrasada por conta de problemas burocráticos com a certidão de óbito. “A gente vê tantos jovens se envolvendo no mundo errado, ver um jovem batalhador é motivo de orgulho. Ele morreu como herói, apesar de não merecer morrer tão jovem assim”, afirmou Álvaro.
Ele cobrou respostas da polícia, pediu por justiça e para que os policiais não deixem os criminosos escaparem impunes. “O que queremos é que as autoridades olhem para essa situação e não deixem que isso se repita. A violência está presente em todos os lugares, mas nas favelas ela é ainda pior. Precisamos apoiar as ONGs de Direitos Humanos e cobrar maia resultados”, disse, sob aplausos.
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