A revista Veja publicou na tarde desta terça-feira (23) dois áudios com conversas entre o senador Walter Pinheiro (PT) e o jornalista Robson Bonin, responsável pela reportagem sobre o suposto esquema que teria desviado R$ 17,9 milhões do Fundo de Combate à Pobreza e repassados para campanhas de petistas baianos.
O senador foi apontado pela ex-presidente da ONG Instituto Brasil, Dalva Sele, como um dos principais beneficiários do esquema montado pela entidade. Segundo Dalva, parte da campanha do parlamentar para prefeito de Salvador, em 2008, foi financiada com dinheiro desviado.
Segundo a Veja, na primeira ligação, Pinheiro admite ter recebido ajuda de Dalva Sele na campanha, mas nega ter feito caixa dois. Depois, no segundo telefonema, o petista envolveu seu próprio partido. Ao reconhecer a montagem do esquema, Pinheiro condenou o PT por tê-lo atirado no esquema de caixa dois eleitoral.
Ainda conforme a Veja, ao ser questionado por suas declarações, o político resolveu voltar atrás nas suas palavras. “A matéria foi uma interpretação do repórter da revista, publicada fora do contexto do diálogo estabelecido, e parcialmente reproduzido por este site. Em nenhum momento, Pinheiro culpa o partido, mas uma ‘pessoa se dizendo ser do PT'”, disse em nota distribuída à imprensa.
Em outra nota enviada à imprensa hoje, Pinheiro disse: "Reafirmo a crítica a essa pessoa, que, dizendo-se do PT, tenta agora 'pregar uma peça' para cima de mim, inventando fatos pretéritos que não correspondem com a realidade, destoando da conduta reta e proba comprovada ao longo da minha história. Nunca tive nenhuma relação com a dirigente desse Instituto e, como diversas pessoas, ela apareceu na campanha do PT em 2008, mas não tinha nenhuma função na estrutura de campanha”.
O senador negou ainda ter sido o responsável em estabelecer contratos com o Estado antes ou depois da campanha de 2008. "Inclusive foi o nosso governo que bloqueou e suspendeu os pagamentos, além de patrocinar a ação contra a ONG", afirmou.
"A fraude, assumida por ela e praticada contra o Estado, é de conhecimento da Justiça, a quem cabe aplicar, com todo rigor, a Lei. Dói ver alguém que se apresenta como se militante fosse, querendo, na verdade, extrair vantagens para si e, não obtendo êxito, sair jogando lama na vida de todo mundo. Quanto às declarações e matérias veiculadas, já estou adotando as medidas judiciais cabíveis".
Ouça aqui os áudios publicados pela Veja
O senador negou ainda ter sido o responsável em estabelecer contratos com o Estado antes ou depois da campanha de 2008. "Inclusive foi o nosso governo que bloqueou e suspendeu os pagamentos, além de patrocinar a ação contra a ONG", afirmou.
"A fraude, assumida por ela e praticada contra o Estado, é de conhecimento da Justiça, a quem cabe aplicar, com todo rigor, a Lei. Dói ver alguém que se apresenta como se militante fosse, querendo, na verdade, extrair vantagens para si e, não obtendo êxito, sair jogando lama na vida de todo mundo. Quanto às declarações e matérias veiculadas, já estou adotando as medidas judiciais cabíveis".
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