Consórcio vai administrar Estação da Lapa, patrimônio da cidade negligenciado

Foto: George Adelson/Leitor Metro1

A Estação da Lapa é um ponto fundamental da mobilidade urbana de Salvador. Mesmo assim, só um consórcio dos que mostraram interesse pelo edital se encaixou nos critérios da Prefeitura para administrar o local. E é este grupo que terá a responsabilidade de cuidar e reformar um patrimônio com 32 anos de existência, projetado pelo aclamado arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé. O consórcio Nova Lapa, formado pelas empresas paulistas Socicam e Participa e pela baiana Axxo Construtora, terá de cumprir três exigências para assumir a administração da estação: "O pagamento da outorga de R$ 13 milhões, apresentar experiência em administração e operação de estação de transbordo, assim como apresentar um projeto com design e com estrutura condizente com a terceira maior capital do país e com uma das maiores estações da América Latina", afirmou o secretário. A gente está de olho.

Prefeitura estipula áreas para melhorias

De acordo com a Prefeitura, com o novo consórcio - que vai administrar o espaço pelo período de 35 anos, sem possibilidade de prorrogação - deve sanar problemas como banheiros sujos e escadas rolantes que não funcionam. "Temos problemas de infiltrações, de luminosidade e estrutura. Quem vencer o processo terá que apresentar um projeto que seja condizente para que o usuário do transporte público da estação, que também é usuário do ônibus, do metrô e futuramente do BRT, tenha mais conforto na Estação da Lapa", disse Fábio Mota, secretário de Urbanismo e Transporte. De acordo com a Transalvador, cerca de 300 mil pessoas usam a estação todos os dias e serão beneficiadas com a mudança. "A Prefeitura tem consciência que a estação funciona há mais de 40 anos e necessita de melhorias e reparos", sinaliza Fábio Mota.