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O suspeito foi identificado como Dylann Storm Roof, 21; ataque teria motivação racista, de acordo com investigações

Um jovem de 21 anos foi detido pela polícia americana suspeito de abrir fogo contra uma igreja em uma comunidade negra de  Charleston, na Carolina do Sul (EUA), e matar nove pessoas na noite de quarta-feira (17). O crime aconteceu na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel; entre as vítimas está o senador estadual Clementa Pinckney, que também era o pastor do tempo.
O suspeito foi identificado como Dylann Storm Roof. Segundo registros, Dylann havia sido fichado por um crime relacionado a drogas e outro de invasão de propriedade em março e abril deste ano. Ele vivia na região de Columbia, capital da Carolina do Sul.
Foto do suspeito Dylann Roof em rede social mostra o jovem de 21 anos com uma jaqueta com bandeiras bordadas à esquerda: a bandeira da África do Sul na época do apartheid (topo) e a da Rodésia, antigo estado não reconhecido que instaurou um regime racista (Foto: Reprodução/Facebook/Dylann Roof)
(Foto: Reprodução/ Facebook)
Em entrevista à Reuters, um tio do suspeito disse que desconfiou da autoria após a divulgação das imagens pela polícia. "Quanto mais olho, mais me convenço de que é ele", disse Carson Cowles, de 56 anos. Ainda segundo o Cowles, o jovem ganhou uma pistola calibre 45 de presente em abril. 
Segundo a polícia, o atirador se sentou com os fiéis por cerca de uma hora antes de abrir fogo. Câmeras de segurança revelaram que o rapaz foi visto saindo da igreja em um carro preto de quatro portas. Além do Departamento de Polícia de Charleston, o FBI também participa das investigações. 
A polícia americana suspeita que o tiroteio na igreja tenha tido cunho racista. O local era frequentado por uma comunidade majoritariamente negra. “Acredito que se tratou de um crime de ódio”, disse o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen. 
Segundo a agência Reuters, o suspeito Dylann Roof tem uma foto em seu perfil do Facebook em que aparece com uma jaqueta estampando a bandeira símbolo do regime do apartheid, que segregou negros e brancos na África do Sul.
O presidente americano, Barack Obama, expressou pesar e disse que é preciso repensar a questão da violência com armas de fogo no país. Em resposta ao atentado, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, disse que “embora não saibamos dos detalhes do crime, nós sabemos que nunca vamos entender o que motiva uma pessoa a entrar em nossos locais de culto e tirar a vida dos outros”.  
Tensões raciaisO atentado é mais um ato que marca as tensões entre as comunidades negra e branca nos Estados Unidos. Nos últimos meses, jovens negros se tornaram vítimas de crimes aparentemente motivados pelo racismo - entre eles muito homicídios cometidos por policias brancos contra homens negros desarmados. O estopim foi o caso de Ferguson, em 2014, que motivou uma onda de protestos.

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