Ao contrário do que foi divulgado pela imprensa nesta
terça-feira (2), o novo texto do Projeto de Lei Complementar e outras
Proposições (PLP) 257 apresentado pelo governo interino de Michel Temer (PMDB)
na noite desta segunda (1°), não abrange os pleitos das instituições e pode
estar até “pior do que o inicial”, afirmou Janina Schuenck, presidente da
Associação do Ministério Público do Estado da Bahia (Ampeb) (entenda
aqui). Janina, que está em Brasília para
acompanhar a votação do projeto, afirmou que o novo texto ainda prejudica os
Ministérios Públicos, tanto estaduais, como o federal (veja aqui).
“Nós trouxemos
algumas sugestões de emendas e estamos conversando com os deputados, explicando
o impacto, parece que está tentando se redigir outro texto das lideranças, mas
isso não está muito concreto”, afirmou Janina. A presidente comentou, ainda,
que se tiveram notícias de dois textos que continuava computando algumas
despesas de custeio como pessoal. “Ainda não foi feito um texto da casa
legislativa, o que aconteceu foi uma proposta nova do governo. As lideranças
estão se reunindo para ver outra proposta”, ressaltou Janina.
Membros do Ministério
Público estão no Congresso Nacional para tentar um diálogo com os deputados
para que se haja uma discussão sobre os pleitos dos órgãos. “A gente vem
conseguindo mostrar e eles estão percebendo que a questão é grave. Agora há
pouco mesmo eu falei com um deputado sobre a questão das promotorias vazias no
interior do estado, que são mais de 180, e que poderão piorar, e ele se mostrou
preocupado com a situação, com o texto que foi apresentado”, disse.
Janina afirmou que esteve em reunião com a Associação
Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) para analisar o texto que
foi lido ontem e que o texto é “muito prejudicial”. “[O texto] mantém o
prejuízo do interesse público para a sociedade. Teremos como resultado
promotorias de justiça sem promotores e sem servidor. De portas fechadas,
literalmente”, lamentou Janina. Sobre a
votação do projeto, Janina afirmou que não sabe se ele será realmente votado
hoje por não ver uma “convicção completa” dos líderes para discutir o texto que
permaneceria para a votação.
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