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O candidato derrotado ao governo da Bahia, Paulo Souto (DEM), que obteve quase 2,5 milhões de votos neste domingo (5), atribuiu a vitória do seu adversário Rui Costa (PT), que cravou pouco mais de um milhão de votos à frente do demista, ao alinhamento político do petista à presidente da República e candidata a reeleição pelo PT, Dilma Rousseff.

“Não sou capaz ainda de analisar exatamente o que houve a não ser, mais uma vez, um certo predomínio dos baianos à figura da presidente da República. Isso pode ter contribuído sim para dar uma margem mais folgada, que não era esperada no início”, afirmou, durante coletiva na noite deste domingo (5) em seu comitê, em Salvador.

O ex-governador afirmou ter ficado “surpreso” com a ampla vantagem do seu adversário. “Isso é da política. Fico tranquilo que cumpri com a minha obrigação, chamei a atenção dos baianos para os principais problemas da Bahia. O que desejo é que o vencedor atenda as expectativas que a Bahia tem a esse respeito”, disse.

Questionado se amarraria a chuteira e se aposentaria da vida pública, após a terceira derrota consecutiva na corrida ao Palácio de Ondina, Souto disse que “não está preocupado com isso agora”, mas deixou nas entrelinhas o possível caminho que será traçado pelo Democratas nas próximas eleições estaduais, daqui a quatro anos.

“Vou continuar atento aos problemas do meu estado. O Democratas e os partidos associados fizeram bancadas expressivas, tanto na Câmara Federal quanto na Assembleia Legislativa. Continuamos a exercer uma força política muito importante no estado e o partido está preparado para futuras batalhas, tendo em vista, principalmente, porque temos uma figura de expressão que é o prefeito ACM Neto, que está realizando uma bela administração, e é, sem dúvida nenhuma, um quadro que vai ter missões importantíssimas no futuro da política na Bahia e no Brasil”, cravou.

Para Souto, o fortalecimento da oposição na Bahia será maior com uma possível vitória do presidenciável tucano Aécio Neves, que foi ao segundo turno com Dilma.

“O resultado da eleição presidencial, com segundo turno, mostra ser possível a mudança, que eventualmente não tivemos na Bahia, possa acontecer no Brasil”, conclamou.

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