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Robert O’Neill, de 38 anos, decidiu assumir seu papel na operação convencido de que a informação poderia vazar, informou o jornal 'The Washington Post'

o ex-SEAL Rob O'neill (Reprodução/Twitter/VEJA)
O militar americano que disparou o tiro que matou Osama bin Laden teve a identidade revelada. Trata-se de Robert O’Neill, de 38 anos, um veterano altamente condecorado das campanhas do Afeganistão e do Iraque. Em entrevistas ao jornal The Washington Post, O'Neill disse que decidiu vir à público por estar convencido de que sua identidade poderia ser vazada por outras pessoas.
Segundo ele, o que era um segredo bem guardado havia se espalhado no meio militar e também era conhecido por membros do Congresso e por pelo menos duas organizações de comunicação. A rede de TV Fox News já havia anunciado que a identidade do militar, que integrava o grupo de elite Navy Seals, da Marinha americana, seria revelada em um programa que vai ao ar na semana que vem. Mas a informação vazou depois de ser publicada em um site que reúne veteranos dos Seals, que não ficaram contentes com a cooperação do militar com a imprensa e sua intenção de revelar detalhes da ação.
O Washington Post, que também planejava publicar uma série de entrevistas com O’Neill paralelamente à exibição do programa, acabou divulgando nesta quinta-feira que o militar confirmou ter sido o autor do disparo fatal que atingiu o chefe da organização terrorista Al Qaeda em uma casa em Abbottabad, no Paquistão, em 2 de maio de 2011. O jornal entrevistou outros militares presentes na operação para confirmar a autoria do disparo.

O'Neill disse ao diário que outros dois militares também fizeram disparos, entre eles Mark Bissonnette, que escreveu um livro sobre o assunto publicado em 2012. O próprio O'Neill já havia descrito em detalhes como foi a morte do terrorista que planejou os ataques do 11 de Setembro em uma entrevista para a revista Esquire, publicada em fevereiro de 2013. Na ocasião, sua identidade não foi revelada e ele era mencionado somente como o "atirador".
De acordo com o relato, O’Neill e outros companheiros avançaram pelo complexo onde Bin Laden estava escondido e passaram a procurá-lo em diversos quartos. Quando estava alcançado o terceiro andar, O’Neill viu o terrorista na entrada de uma porta. Outro militar disparou primeiro, mas acabou errando o tiro. O’Neill então foi atrás de Bin Laden e o encontrou junto com uma mulher. Apesar da escuridão, o militar contou que era possível reconhecer perfeitamente o terrorista com a ajuda dos seus óculos de visão noturna.
"Naquele segundo, eu atirei nele. Duas vezes, na testa", disse ele na ocasião. De acordo com o militar, Bin Laden morreu na hora após seu crânio ser partido. O’Neill ficou cerca de 15 anos nos Navy Seals. Ele também atuou em outras missões conhecidas, como o resgate do capitão da marinha mercante Richard Phillips, que havia sido sequestrado por piratas somalis em 2009. 
As revelações de O’Neill frustaram o comando dos Seals (sigla para mar, terra e ar em inglês), que mantém uma tradição de sigilo entre seus membros. "Um princípio fundamental de nossa conduta é: 'Eu não divulgo a natureza do meu trabalho, nem busco reconhecimento por minhas ações", afirmou em um comunicado na quarta-feira o contra-almirante Brian Losey, comandante das forças especiais da Marinha.
O rígido código de anonimato é um "compromisso e obrigação para toda a vida" e o descumprimento pode afetar as vidas de alguns companheiros que integraram os comandos e que se arriscaram ao seu lado, disse Losey no texto

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