Depois da fuga, a jornada rumo ao desconhecido. Presos numa clareira, limitados por um terrível labirinto, um bando de adolescentes consegue escapar. O preço foi alto, muitas vidas ceifadas. Os seguidores da distopia Maze Runner reconhecem a trama do primeiro tomo, Correr ou Morrer, que faturou quase US$ 380 milhões de bilheteria. A trilogia do escritor James Dashner, 42 anos, já vendeu 75 mil exemplares no Brasil.
(Foto: Divulgação)
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Agora, em Prova de Fogo, segundo episódio, também dirigido por Wes Ball, as descobertas desses jovens são avassaladoras, já que o mundo que passam a habitar é castigado por um vírus mortal. “Esses jovens têm que encontrar seu lugar nesse mundo e descobrir como consertá-lo. E ficam divididos entre salvar o mundo e sua liberdade pessoal”, explica o diretor.
Prova de Fogo responde muitas das perguntas propostas no primeiro filme. O grupo liderado por Thomas (Dylan O’Brian) descobre que a maior parte da Terra foi destruída, e que foi a impiedosa entidade científica governamental conhecida como Catástrofe e Ruína Universal – Experimento Letal (Cruel) que os enviou para o labirinto como experimento científico.
“Correr ou Morrer era um filme claustrofóbico. Neste, tudo acontece em um mundo aberto, um deserto gigante que engole o mundo inteiro”, diz Wes Ball. Talvez haja aí uma metáfora sobre o sair do mundo infantil e se deparar com as dualidades da adolescência: a pessoa querendo sair de casa e conhecer o mundo de verdade. Então, se torna adulta e vai aprendendo que a vida pode ser muito difícil. E, quando, finalmente, descobre o mundo lá fora, a experiência pode ser perigosa e intimidante.
“Thomas se transforma em homem e representa esperança. Assume a responsabilidade pelo que aconteceu aos amigos e os convence a fugir. Agora, se veem num mundo que não é exatamente o que eles esperavam. Então, Thomas carrega esse peso, pois agora vê que eles não estão seguros”, pondera o ator Dylan O’Brien, que veio ao Brasil lançar o filme.
(Foto: Divulgação)
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O amargor do conflito moral, tão comum nesta leva de distopias juvenis, como Jogos Vorazes e Divergente, está presente na trama o tempo todo, assim como discussões éticas como a troca da liberdade pela segurança, o limite da intervenção da ciência na natureza e o papel do Estado em relação à vontade dos indivíduos.
Dashner, o autor da trama, diz que essas séries apocalípticas deram novo ar à literatura feita para jovens: “São histórias com camadas de mistério, que causam um pouco de medo sobre o que pode acontecer no futuro. Vemos no mundo governos totalitários, pobreza e lugares que parecem já ter passado por um apocalipse. Acho que adolescentes se sentem atrelados a isso. É suspense, mas também é entretenimento. Fico feliz que meus livros tenham saído no tempo certo para ser parte disso”.
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