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Depois de votar “Não” ao impeachment, o deputado federal Jean Wyllis, do PSOL do Rio, cuspiu no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e postou um desabafo no Facebook. Ele admitiu o ato, em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, e ainda disse que o faria "quantas vezes" fosse necessário.
— Nós estamos numa votação. Eu tenho direito político de fazer o voto que eu quero. Durante toda a votação eu não intervi no voto de ninguém. Não fui lá insultar ninguém. E, na hora que fui votar, esse canalha veio me insultar na saída e tentar agarrar meu braço, ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando vi o insulto, devolvi cuspindo na cara dele, que é o que ele merece. Sobre enfrentar processo disciplinar na Câmara, ele disse que não está preocupado.
— Não temo enfrentar processo não. Processo tem de enfrentar quem é racista, quem é machista, quem provoca a violência, quem defende a memória de Brilhante Ustra (Bolsonaro fez essa defesa em seu voto a favor do impeachment), um torturador, quem defende a tortura neste país. Isso deveria escandalizar vocês, não um cuspe na cara de um canalha — afirmou o deputado.
O EXTRA recebeu um vídeo com a visão de cima do plenário, na qual Jean passa pelo meio dos deputados. Bolsonaro, no entanto, está com os dois braços para cima.




No Facebook, o desabafo de Willys acusa Bolsonaro de ter segurado Willys.

“SOBRE O CUSPE AO FASCISTA

Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando "veado", "queima-rosca", "boiola" e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que "dedica" seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace. Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para o orgulho para ficar queto ou com medo desse canalha. ‪#‎FascistasNãoPassarão‬ ‪#‎NãoVaiTerGolpe‬”

Fonte: Extra Globo

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