GENEBRA, SUÍÇA - A atual epidemia de ebola é a pior já registrada. O vírus, até o momento, está localizado em países da África Ocidental, mas há ameaça de que a doença se espalhe por todo o continente africano, e possa migrar para outros continentes próximos, como Europa e Ásia.
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 3091 mortes de um total de 6574 possíveis casos. O país com mais relatos é a Libéria, com 1830 mortes. O número de mortes nesse país é quase três vezes maior que os casos no Guiné e na Serra Leoa. Nigéria e Senegal, que também apresentaram casos da doença, não relataram mais mortes por ebola.
Mas os dados são ainda mais preocupantes. De acordo com o Chistopher Dye, responsável de estratégia da OMS, o número de casos pode chegar a 20 mil em novembro desse ano. Em um estudo divulgado pela OMS e realizado em parceria com o Imperial College, em Londres, Inglaterra, esse número pode pular para centenas de milhares caso o surto não seja controlado.
Christopher Rye chama a atenção para que mais esforços sejam feitos com a finalidade de conter a doença. As Nações Unidas tentam angariar fundos para combater o surto, que já é classificado pelo Conselho de Segurança como uma ameaça à paz mundial.
Vacina
A OMS divulgou recentemente que vacinas experimentais para combater o vírus ebola estarão disponíveis em 2015. Essas vacinas estão sendo produzidas pela indústria farmacêutica GSK e NewLink Genetics.
A produção dessa vacina tem levantado conflitos éticos. Normalmente são necessários anos para que uma vacina seja aprovada para uso em humanos, sendo preciso testes para provar sua eficácia e segurança. Entretanto, no caso do ebola, por ser uma doença muito grave que mata a uma velocidade alta, o processo de aprovação deverá ser acelerado.
Discute-se agora se essas vacinas experimentais devem ser oferecidas primeiro aos profissionais da saúde que cuidam dos infectados, bem como aos assistentes que estão nas áreas atingidas. Uma vez que a segurança for provada nessas pessoas, o uso seria ampliado aos doentes em regiões de risco.
As vacinas testadas até então têm bons resultados em macacos, de acordo com estudo recente publicado na revista científica de prestígio, Nature.
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