Empresas terão que entregar pelo menos 80% da velocidade prometida de internet

Isso significa que, num plano de 10 MBps, a média mensal da velocidade fornecida pela operadora deve ser de 8 MBps

A partir de hoje ficam mais rigorosos os limites mínimos da velocidade de banda larga fixa e móvel que devem ser entregue pelas empresas operadoras de telecomunicação para os seus clientes. A regra estabelecida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) define que o mínimo passa a ser de 80% da velocidade contratada.

Isso significa que, num plano de 10 MBps (megabits por segundo), a média mensal da velocidade fornecida pela operadora deve ser de 8 MBps, no mínimo. A regra faz parte do regulamento de Gestão da Qualidade nos Serviços de Comunicação Multimídia que foi  aprovado pela Anatel e que, desde 2012, tem exigido metas de entrega da velocidade de internet para as operadoras.

Empresas terão que entregar pelo menos 80% da internet prometida

Antes disso não havia essa obrigação, o que gerava reclamações dos consumidores. Pelo regulamento, a partir de novembro de 2012, as operadoras foram obrigadas a entregar 60% da velocidade que era contratada pelos contratantes dos serviços de dados.

Essa taxa passou para 70% em novembro do ano passado e agora chega a 80%. Esse aumento faz parte das metas estabelecidas nos regulamentos de gestão da qualidade dos serviços de banda larga fixa e móvel. Antes, a única exigência quanto à velocidade era na taxa de transmissão instantânea, firmada em apenas 10%.

O aumento de velocidade foi implementado gradualmente e se encerra agora em novembro. As regras valem tanto para operações de downloads (quando o usuário baixa a informação) e para upload (quando o usuário envia informação), e a agência fiscalizará as principais operadoras de banda larga por meio de ajuda voluntária.

Os clientes que participam do programa de medição de banda larga receberam um roteador com firmware modificado para realizar testes e enviá-los para a EAQ, a Entidade Aferidora de Qualidade.

Na banda larga fixa, os testes não monitoram apenas a velocidade e medem também a latência, jitter (variação de latência), perda de pacotes e disponibilidade (se a conexão cair, por exemplo, os dados são registrados e enviados para a entidade). Quem quiser participar do programa de medição voluntária de banda larga pode baixar os aplicativos para Android ou iOS.