Comprar um produto pela internet e nunca receber. Com o crescimento e democratização do uso da internet, as vendas de produtos deixaram de ser feitas apenas em sites e as redes sociais passaram a fazer parte do ciclo de vendas. O grande problema é quando essas empresas não são reais e criminosos estão por trás dos gadgets.
Consumidores de todo o Brasil acumulam prejuízos após comprarem produtos da loja online Lucunha Store e não receberem seus produtos. Os produtos variam entre celulares, tablets, computadores, câmeras, televisões e outros aparelhos eletrônicos. Foi o que aconteceu com a estudante de Salvador, Nicolli Rios, de 22 anos.
“Comprei um celular em maio, com prazo de entrega para 08 de agosto e nunca chegou. Já fui ao Procon, fiz denúncias na internet, todo dia mando e-mails pra eles com as cópias das denúncias e nunca me retornam”, disse a jovem. A empresa estipulava um prazo de 60 dias úteis para que os clientes recebessem os produtos adquiridos.
Preocupados com o descaso da empresa, quase 800 clientes formaram um grupo no Facebook para relatar suas situações e fornecer ajuda mútua nas medidas a serem tomadas individualmente. Através desse meio, eles conseguiram informações sobre diferentes contas bancárias, em que eram realizados os depósitos para a compra de produtos, e processos em aberto contra a sócia-majoritária da loja, Luana Lopes Cunha.
Apesar da existência do site oficial da Lucunha Store, as ofertas são divulgadas através do Instagram da loja, cujo perfil possui mais de 300 mil seguidores. O processo de compra é bem simples: é todo feito por e-mail ou aplicativo de troca de mensagens instantânea. O cliente faz a reserva, recebe a conta em que deve depositar o dinheiro, envia o comprovante de pagamento e, por fim, recebe o número de seu pedido e uma data limite para o recebimento do produto. Que na maioria dos casos, não chega até o consumidor.
O problema enfrentado por Nicolli também atingiu outros baianos. É o caso da advogada Ticiana Sampaio, de 30 anos: “Comprei porque vi indicação de vários artistas. Fiquei com receio de comprar um mais caro, aí peguei o mais barato e, se chegasse, compraria outro. Acho que as punições devem ser duras, pra tentar coibir os abusos cometidos com os consumidores!”
Empresa
A loja virtual vende aparelhos eletrônicos bem abaixo do valor encontrado normalmente nas lojas. Para fazer uma comparação, a Lucunha oferece um celular que normalmente custa R$ 1.200 por até R$650 em promoções relâmpago, e R$850 em valor normal.
No Facebook, além do grupo feito para reunião de clientes lesados, existem três páginas de queixas: “Lucunha Store Reclamações”, “Lucunha Store Denúncias” e “Lucunha Store: Cadê meu Produto?”. No site “Reclame Aqui”, há quase 1.200 queixas de consumidores, com quase de 70% de reprovação.
Dezenas de clientes deram entrada no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de suas cidades para tentar resolver o problema. O órgão explica que, uma vez feita a reclamação, a empresa recebe uma carta e tem de 10 a 15 dias para responder o consumidor. Se o problema não se solucionar, é marcada uma audiência. Esses clientes também entraram com processo no Juizado Especial Cível e realizaram Boletim de Ocorrência por estelionato e enriquecimento ilícito.
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